Chinatown, a loucura das imitações

Profundamente imersa na cultura oriental, Chinatown é, sem dúvida, uma das surpresas mais marcantes na Malásia. Adoro passear nestas artérias que se transformam em pleno mercado do comércio.

Aqui, na Jalan Petaling, no coração de Kuala Lumpur, descubro este mágico local para as compras. É difícil entrar na Chinatown sem um negócio debaixo do olho e é fácil sair com uma nova aquisição debaixo do braço.

Todos os dias, no final da manhã, os comerciantes arrastam as suas as compactas barraquinhas por estas ruas estreitas. E começa o encantamento: as cores das camisolas que se misturam com os cheiros dos perfumes e os padrões das malas que se confundem com os brinquedos expostos.

É um nova atmosfera que se respira, repleta de pessoas que anseiam por novas compras e por vendedores que as sufocam com novas pechinchas. Tudo está à venda e tudo é negociável.

Os produtos não variam muito de banca para banca. Mas em todas há um facto em comum: não há preço exposto. O que obrigada à tão aguardada negociação entre mercadores e clientes. Várias quantias são lançadas, uns olhares sérios são trocados e acaba-se sempre com menos de metade do valor inicial.

Na minha cabeça a dúvida mantêm-se. Será que estes relógios são imitação?
Uns metros à frente não houve essa preocupação do negociante em apontar para a mochila "vois", com um orgulhoso sorriso. Isto é qualidade, acrescentou. 

Há também as lojas que combatem o calor com o tão aclamado ar condicionado, convidando as pessoas a descansar da pressão do mercado de rua.

No final da noite os preços diminuem e os vendedores mais apressados começam a colocar os seus produtos em velhas caixas de papelão enroladas em fita-cola.

E é neste paraíso para caçadores de negócio que termino o dia. Uns presentes comprados e o coração cheio de histórias para contar.


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